7.11.12

O medo de te deixar foi tanto, que te deixei para não ter que deixar. É como queimar a língua após uma sopa quente. Eu não tenho paladar, mas eu ainda tenho fome. E é essa fome que me dá prazer mas não mais alento para continuar. É como ter sono e não querer dormir. É como querer sair de casa e não querer ver ninguém. É como querer remar para sul, mesmo sem bússola e mapa. A contradição é maravilhosa sim, mas quando não se tem o coração preso, a inocência descartada e a razão perdida em alguém. E isto são só vontades que um dia alguém calou. Mas eu não desisti, porque um dia disseram-me "a melhor característica de alguém é ser sempre fiel a si mesmo". E eu grito mas o mundo é surdo e mímico, o mundo é minimalista, o mundo é minúsculo, o mundo é o amanhã! E eu morro longe de ti só para não descobrires que um dia já vivi, e só vivi para te matar dentro de mim. Mas nessa tentativa, nesse vai e vem eu morro cada vez mais... e acordo na manhã seguinte sem ter pelo que chorar.


ps: eu sei que não vos tenho respondido aos comentários... peço imensa desculpa, mas andei um pouco sem tempo. ainda hoje respondo a tudo, beijinhos. 

1 comentário:

Aurora disse...

Já me esqueci doce, obrigada. A tua também e tenho saudades das vezes que voltavas mais vezes com os teus textos. <3