10.6.12

Meu eterno, 
já não te escrevo à sensivelmente seis meses e peço-te mil desculpas por este meu descuido, por te ter deixado no passado.
Por mais que digas e insistas, nunca voltas-te por mim. Sempre foi tudo por e para ti! Mas já não choro quando decides mais uma vez contornar a sala e sair pela porta que à poucas horas te viu chegar de malas nas mãos e coração "meio aberto". Sei que precisas de mim, e muito. Mas também sei que não me amas e tudo o que viveste comigo foi um acaso. E nestas alturas o melhor é abandonar o barco, deixar ir quem quer, para onde quer e como quer. Porque na verdade, de que vale eu remar se não estou a seguir o meu caminho, não estou a ser feliz? Ao invés de me encontrar enquanto estive do teu lado, só me perdi, perdi, perdi. É triste, mas é verdade. E enquanto eu não me encontrar de novo, nem tu nem mais ninguém me podem fazer feliz. Porque a primeira pessoa a gostar de mim devo ser eu... E nem isso está a acontecer. E para não arrefecer também o coração, começo a comer. Sempre disseram que estômago cheio disfarça ausência no coração. 



2 comentários:

Anónimo disse...

adoro, sigo!

Armanda Cunha disse...

que saudades de te ler, meu amor :o